23/07/2023

GP da Hungria (O triturador de recordes)

Antes dos carros entrarem na pista a notícia que movimentava o paddock era o retorno de Daniel Ricciardo.

O mister simpatia estava de volta ao grid, e mediante a essa notícia eu não conseguia ser imparcial, estava sim radiante de tanta felicidade, esse australiano tem toda a minha torcida e admiração.

Ricciardo agora faz parte da equipe AlphaTauri, tudo porque Nyck de Vries foi demitido assim no meio da temporada por não conseguir entregar resultados.

Não vou entrar no mérito se foi justo ou injusto essa demissão, apenas digo que a F1 é extremamente competitiva e se o piloto não entrega resultados a conta uma hora chega...

O formato da classificação esse final de semana será diferente, a fornecedora de pneus decidiu fazer um experimento, no Q1, Q2 e Q3 todos as equipes terão que sair dos boxes com os mesmos jogos de pneus preestabelecido pela Pirelli, o intuito é dar mais emoção a disputa que cá entre nós está bem a quem.

Os treinos livres foram de total surpresa, Russell andou bem na chuva, Pérez entrou na pista e logo na primeira curva foi de encontro com o muro, Sainz conseguiu se segurar por mais tempo na pista, porém o seu fim foi o mesmo do mexicano da Red Bull.

Quem surpreendia com um ritmo extremamente forte era a Alfa Romeo com seus dois pilotos, Bottas e Guanyu Zhou.

Estranhamente Max não aparecia nas primeiras posições nos treinos livres, será que isso é um sinal de alerta para o líder do campeonato?

Chegou a hora da verdade, será que esse novo formato dará certo?

Ricciardo já mostrava o porquê tomou o lugar do Nyck de Vries, passando com facilidade para o Q2, lembrando que o australiano não está com o melhor carro e não dá para exigir que ele se classifique entre os 10 primeiros.

Tudo transcorria para mais um triunfo da Verstappen...

Destaque positivo para os pilotos da Alfa Romeo que permaneceram impondo um bom ritmo, e tanto Bottas quanto Zhou se classificaram entre os dez primeiros o chinês foi quinto enquanto o finlandês conseguiu o sétimo melhor tempo.

A McLaren também não decepcionava no quesito competitividade, Lando conquistou o terceiro melhor tempo, seguido por seu companheiro de equipe em quarto.

Hamilton estava em volta rápida, enquanto Max já havia feito a sua volta voadora.

Foram 3 milésimos, sim vocês não leram errado apenas 3 milésimos de diferença e Hamilton arranca no braço a pole de Verstappen!!

Foi impossível não se emocionar, Lewis chorou de felicidade pois seu jejum de 594 dias sem largar na frente finalmente tinha acabado.

Max saiu do carro com cara de ponto de interrogação, ele não fazia ideia de como Hamilton havia feito isso, e era nítido seu desapontamento.

Esse treino me lembrou quando Vettel de maneira histórica marcou a pole no GP da Alemanha em 2010, na época Seb ficou a frente de Alonso por 2 milésimos.

Se engana quem pensa que esse fato não teve nada de tão especial, Lewis conquista a pole de número 104 de sua brilhante carreira.

Depois de ver um espetáculo desse sentia meu corpo tomado pela adrenalina,  foi nesse momento que eu vi o porquê eu amo tanto esse esporte.

 Mal podia esperar para a largada, minha ansiedade estava a mil.

Largada autorizada, Max passa de passagem e deixa Hamilton tão desnorteado que além de perder a liderança Lewis também foi ultrapassado por Lando e Piastri caindo assim para o quarto lugar.

Por falar no novato da McLaren, o garoto estava com tanta gana que teve a ousadia de ultrapassar Lando seu companheiro de equipe, se estabelecendo na vice-liderança da prova.

Max já estava em outro patamar, seu ritmo é tão forte que comentar sobre isso é humilhar os demais competidores.

Outro que teve uma péssima largada foi o chinês Zhou que despencou de quinto para décimo sexto lugar.

Nada é tão ruim que não possa piorar, essa com toda certeza foi a frase que o piloto da Alfa Romeo falou de dentro de seu carro, pois houve um imbróglio entre Daniel Ricciardo, Gasly e Ocon e o Guanyu Zhou estava no meio, aliás foi ele o causador do incidente envolvendo os outros 03 carros.

A Alpine chamou seus dois pilotos para os boxes decretaram o abandono de ambos, uma pena pois Gasly tinha feito uma ótima largada e se não tivesse se envolvido no incidente teria conquistado muitas posições.

Enquanto Hamilton teve um péssimo início de prova,  seu companheiro de equipe que se classificou muito mal, começava a dar indícios de uma bela corrida de recuperação, Russell já aparecia entre os dez primeiros colocados, lembrando que o britânico se classificou em décimo oitavo lugar.

Outro que vinha se recuperando era Sergio Pérez o mexicano da Red Bull já aparecia em oitavo e tinha carro para buscar as primeiras posições.

Após a bagunça na largada Ricciardo amargava o último lugar.

A corrida entrou em um modo que eu simplesmente não suporto, a monotonia tomou conta do GP, NADA de interessante acontecia.

Verstappen era soberano lá na frente...

No duelo de estratégia e troca de pneus e Red Bull mais uma vez se mostrou infinitamente superior, trocando o pneu em 1,9 segundos Pérez conseguiu voltar para a pista em terceiro lugar.

Lando era o vice-líder e conseguia muito bem administrar a vantagem para os demais competidores.

Russell impressionava, seu excelente ritmo rendia o sexto lugar até o momento.

Em quarto lugar o engenheiro de Hamilton insistia para o inglês ir mais rápido, Lewis foi bem claro em sua resposta, “o carro está no limite não dá para ir mais rápido do que isso”

Nos aproximando do final da prova eu implorava aos céus um pouco de emoção, porém fui inteiramente ignorada...

No fim Daniel se recuperou e terminou a prova de décimo terceiro lugar a frente de seu companheiro equipe 

Max Verstappen não sabe brincar, ele simplesmente conquistou 12 vitórias consecutivas para a Red Bull.

Esse recorde foi quebrado após 35 anos, a detentora dessa impressionante sequência era a McLaren que tinha 11 vitórias seguidas no ano de 1988.

A festa no pódio foi desastrosa, tudo porque Lando tem o seu jeitinho peculiar de estourar a champanhe, e na empolgação o piloto da McLaren derrubou o troféu de Max no chão fazendo com que ele quebrasse.

Lembrando que a peça é feita em porcelana pintada a mão e leva mais ou menos 6 meses para ser confeccionada, o valor do troféu se aproxima de 42 mil euros.

Será que a Mclaren vai ter que arcar com esse prejuízo?

Cuidado com o estouro do teto orçamentário...

(foto: www.motorsport-magazin.com)


Nos vemos na Bélgica 

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