Largando Na Frente: GP da Austrália.

A expectativa era grande, não por ser a abertura oficial da temporada mas sim para ver como reagiria a fórmula 1 depois de tantas mudanças em suas regras, será que realmente elas funcionariam na pratica ?

Na classificação a chuva dificultou mais ainda o trabalho dos pilotos uma vez que já era difícil manter-se na pista seca, o novo motor V6 turbo é mais agressivo, o bólido tende a sair mais de traseira, com o piso molhado fica tudo mais difícil, contudo a dupla da Mercedes parecia nem se importar com a dificuldade que o resto dos pilotos enfrentavam, uma vez que se mostravam plenamente confortáveis em seus bólidos.Na parte final do treino a ausência de grandes nomes chamava a atenção, afinal de contas como era possível Button Vettel e Raikkonen não disputarem a super pole, é melhor nem falar nada da dupla da Lotus que mal conseguiam sair dos boxes, com o cronometro zerado e a festa nas arquibancadas ficava claro que um australiano havia marcado o melhor tempo, o estreante Daniel Ricciardo da RBR fez a alegria da equipe austríaca e do público ali presente, mas a festa durou pouco uma vez que Lewis passou como um foguete e simplesmente detonou o tempo de Ricciardo, desta maneira o britânico conquistou a pole, Daniel ficou com o segundo melhor tempo e Nico ficou com o terceiro tempo.

A ansiedade para a largada se tornava quase incontrolável , quando estava tudo pronto para dar início a prova nos deparamos com mais uma novidade, a largada foi abortada, o motivo? Uma Marussia morreu antes mesmo do início da corrida, desta forma os pilotos deram mais uma volta de apresentação, ou seja ao invés de termos 58 voltas teremos 57 ao total.

Agora sim tudo pronto para a largada, quando as luzes vermelhas se apagaram Nico foi para cima de Ricciardo da RBR e do seu companheiro de equipe Hamilton ultrapassando os dois com muita facilidade, antes mesmo da primeira curva presenciamos uma lambança bem ao modo Kobayashi de ser, o japonês mais atrapalhado da fórmula 1 estava de volta, e o seu alvo foi o brasileiro Felipe Massa que guiava o seu novo bólido da equipe Williams , de maneira imprudente Koba deixou para frear tarde demais e simplesmente acertou em cheio a traseira de Felipe, ou seja fim de prova para os dois, lembrando que com as novas regras se for comprovado que Koba foi quem ocasionou o acidente ele perde pontos na carteira e pode até ser suspenso da próxima prova.

A corrida mal tinha começado e as emoções estavam longe de terminar, na quarta volta Hamilton começou a perder rendimento e dialogava com sua equipe pelo rádio tentando entender o que estava acontecendo com seu bólido,a solução encontrada foi o abandono imediato da prova pois a prioridade era salvar o motor, o mesmo estava prestes a acontecer com o tetracampeão Sebastian Vettel, o alemão já vinha se queixando que seu motor não estava respondendo como deveria, a equipe austríaca o chamou para o box e, Adivinhe ? fim de prova para o alemão.

Enquanto isso Nico seguia intocável na ponta.

O finlandês e companheiro de Felipe na Williams, Valtteri Bottas, estava empolgado usando toda força de seu motor Mercedes para escalar o pelotão uma vez que largou em décimo quinto lugar e neste momento já era o sexto colocado e estava prestes a ultrapassar Fernando Alonso, quando a ansiedade e inexperiência de um jovem piloto falou mais alto, Bottas tocou sua roda traseira direita no muro, o choque ocasionou a perda do pneu, sendo assim Valtteri foi para o box e o safety car (carro de segurança) foi acionado, pois havia muitos detritos na pista.

A relargada enfim foi autorizada na volta 16 depois que o carro de segurança deixou a pista.

A partir daí a corrida entrou em uma monotonia chata, nada acontecia. Nico na verdade participava de outra corrida, uma vez que sua vantagem para o segundo colocado era de quase 20 segundos.

Na vigésima sétima volta, a Caterham de Marcus Ericsson mais um estreante na fórmula 1, foi parando lentamente, a mensagem de sua equipe no rádio não restou dúvidas, era problema em seu motor.

Diante dos fatos não havia dúvida que os motores estavam sendo os destaques na estreia, é uma pena que de maneira negativa.

Apesar de todos os problemas que a equipe Lotus enfrentou na classificação, seus bólidos estavam bem e até o presente momento, não apresentava nenhuma queixa de seus pilotos, só que esta realidade estava prestes a mudar, a primeira vítima foi Pastor Maldonado que também é conhecido por fazer bobagens em corridas, só que desta vez o venezuelano não fez nada, o que ocasionou o seu abandono foi o motor, é claro. Voltas mais tarde Grosjean estava prestes a sentir o gosto amargo de um abandono que por incrível que possa parecer, o vilão foi também o seu motor. Algo estava muito errado, 7 abandonos na corrida de estreia, sendo que 4 foi ocasionado pela quebra de motor de uma mesma fabricante, é Renault pelo jeito a temporada começou de uma forma bem desagradável para vocês.

Faltando poucas voltas para o final da prova a dupla da Ferrari estava discreta e Alonso não parecia que tinha carro para tentar mais ultrapassagens, se acomodando em quinto lugar o mesmo vale para Raikkonen, que não passou de oitavo.

Já o estreante e dado como prodígio Kevin Magnussen da McLaren estava com pique e queria de qualquer jeito a vice-liderança da prova, ele bem que se esforçou para ultrapassar Daniel mas o que faltou foi tempo par isso, com apenas 2 voltas para o encerramento da prova o jovem piloto teve que se contentar com o terceiro lugar, nada mal para um estreante, que para completar foi melhor que seu pai, Jan Magnussen disputou 25 corridas nas temporadas de 1995 e 1998 e o máximo que conseguiu foi um sexto lugar.

Nico Rosberg não apenas venceu, mas se igualou ao feito de seu pai Keke Rosberg que venceu o primeiro GP da temporada de 1985 realizado em Adelaide também na Austrália.

A corrida terminou assim :