Nos treinos livres notávamos que a Mercedes estavam de volta a sua antiga forma dominadora, mas com Hamilton adotando uma postura de coadjuvante até o momento algo que não é habitual do piloto.
O papel principal estava nas mãos de Verstappen que dominava sua máquina com tamanha perfeição, que em determinado momento ambos pareciam se fundir dando um show de velocidade e técnica nesse circuito extremamente veloz.
Tenho que destacar o ótimo desempenho de Mick Schumacher que pela primeira vez na temporada colocou a Haas na décima quinta posição, mas todo bônus tem seu ônus e do alemão foi uma batida, que o impossibilitou de voltar para pista.
Ainda falando dos pilotos alemães Vettel não conseguiu evoluir muito bem nessa pista conquistando apenas o décimo segundo lugar no grid.
Voltando a disputa da pole as coisas na pista estavam quentes entre Hamilton e Verstappen, agora com o cronômetro era tudo ou nada.
Hamilton vinha em uma excelente volta dando pinta que daria para se garantir na pole, poucos segundos depois Max vinha como um aniquilador de sonhos e simplesmente destruiu o tempo do inglês.
Sendo assim Verstappen, Hamilton e Bottas completaram o grid.
Não sei se era só eu, mas não me aguentava de tanta ansiedade, prévia uma largada espetacular com vários pegas de tirar o fôlego.
Quando as luzes vermelhas se pagaram quase fechei os olhos, pois como um reflexo negava o que estava diante dos meus olhos, em um erro absolutamente bobo Max sai da pista e deixa caminho livre para Lewis assumir a ponta, o prejuízo do holandês não foi maior pois o mesmo foi ágil ao voltar para pista mantando-se em segundo.
Muita movimentação na pista, mas nada que merecesse destaque.
Como sempre gosto da falar a estratégia é uma peça fundamental para a vitória de um piloto, e nesse caso estávamos lidando com as duas melhores equipes que sabem fazer isso como ninguém.
Hamilton estava se queixando dos pneus desde o início da prova, desta forma sua equipe não demorou a chamá-lo para trocar os compostos.
A prova tinha um novo líder Pérez era quem curtia o passeio de cara para o vento, mesmo sabendo que o seu reinado era provisório o mexicano curtia o momento.
Vettel mais uma vez estava fazendo uma ótima corrida, largando em décimo segundo o alemão encontrava-se agora em um sólido nono lugar.
A dupla da McLaren estava fazendo um bom trabalho até então, mas Norris era quem se destacava pois teve uma largada absolutamente desastrosa e agora ocupava o quinto lugar.
Lá na frente a normalidade e monotonia tomou conta...
Hamilton liderava.
Max acabara e conquistar a vice-liderança da prova após uma ultrapassagem para cima de Bottas que também foi deixado para trás por Pérez.
Estávamos na penúltima volta desse GP sonolento e eu jurava que não haveria nada de interessante a ser visto.
Hamilton olhou no retrovisor só para ver a quantas léguas de distância estava seus adversários, o inglês se assustou ao ver as cores da RBR tão de perto Verstappen estava em sua cola e se defender desse holandês não seria uma missão fácil.
Lewis procurava desesperadamente um botão em seu volante que fosse capaz de lhe dar mais potência, uma reta gigante surgiu em sua frente ele acelerava tudo que podia seu motor roncava a mais de 250km/h, mas tudo isso foi em vão quando viu Verstappen ao seu lado dando tchau.
A uma volta do fim inacreditavelmente a prova tinha um novo líder que sorria como criança, Max mal conseguia falar no rádio tamanha felicidade.
Automaticamente um questionamento veio em minha cabeça.
“Poxa porque vocês demoraram 52 voltas para deixar a corrida eletrizante”?
A corrida terminou assim:
(foto:motorsport-magazin.com) |